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REPORTAGEM21 de novembro de 2022

Abrindo oportunidades para o monitoramento participativo da vida selvagem na Amaz¨®nia com armadilhas fotogr¨¢ficas

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Fonte: Fototrampeo SFPM Orito Ingi-Ande, Putumayo

DESTAQUES

  • As armadilhas fotogr¨¢ficas e a tecnologia acess¨ªvel ¨¤s comunidades e governos podem ser ferramentas poderosas para a tomada de decis?es sobre conserva??o.
  • O projeto regional de Paisagens Sustent¨¢veis da Amaz¨®nia, financiado pelo GEF e liderado pelo Banco Mundial, estabeleceu uma parceria com a Wildlife Insights (WI) para desenvolver uma ferramenta de explora??o de dados dedicada que avalia e analisa imagens de vida selvagem capturadas por armadilhas fotogr¨¢ficas.
  • Em quatro locais-piloto no Brasil, Col?mbia e Peru, a ferramenta e a capacidade constru¨ªda em seu redor ajudaram a identificar a riqueza de esp¨¦cies dos locais e fornecer informa??es importantes para desenhar corredores ecol¨®gicos para a vida selvagem e motivar as atividades de conserva??o em curso e futuras.

Uma das melhores, mais f¨¢ceis e eficazes maneiras de observar a vida selvagem no seu habitat natural nem sempre ¨¦ atrav¨¦s do olho nu - mas atrav¨¦s de imagens e v¨ªdeos capturados por armadilhas fotogr¨¢ficas. Estas pequenas e poderosas ferramentas tornaram-se amplamente populares, inclusive na Amaz¨®nia, e fornecem um excelente meio para melhorar a vigil?ncia e o monitoramento das popula??es de animais silvestres.

As armadilhas fotogr¨¢ficas s?o f¨¢ceis de montar e podem capturar, por meio de fotografia ou v¨ªdeo, uma grande diversidade de esp¨¦cies terrestres importantes acionadas por um sensor quando um animal passa. Se concebidas e instaladas corretamente, as armadilhas fotogr¨¢ficas s?o uma maneira econ?mica de coletar rapidamente muitas imagens - uma ¨²nica c?mera pode frequentemente coletar centenas ou milhares de imagens no espa?o de algumas semanas. Apesar do volume de dados de armadilhas fotogr¨¢ficas coletados em regi?es como a Amaz¨®nia, a maioria permanece "invis¨ªvel" porque estes dados s?o volumosos, dif¨ªceis de organizar, analisar, sintetizar, e compartilhar com outros. Geralmente, as comunidades locais e n?o especialistas carecem de capacidade e know-how para acessar e usar as ferramentas anal¨ªticas para processar os dados coletados. No entanto, se usado corretamente, o potencial para armadilhas fotogr¨¢ficas ¨¦ enorme, pois os dados resultantes podem ser utilizados para medir a sa¨²de dos ecossistemas e monitorar se as atividades de conserva??o est?o entregando os resultados esperados em termos de diversidade e abund?ncia de esp¨¦cies. As armadilhas fotogr¨¢ficas podem tamb¨¦m desempenhar um papel importante nos esfor?os para controlar o com¨¦rcio ilegal de animais silvestres e monitorar esp¨¦cies que est?o em alto risco de transmitir doen?as e que n?o s?o facilmente monitorizadas pela observa??o casual. No contexto das restri??es de viagens do Covid-19, foi tamb¨¦m destacada a necessidade de promover mecanismos de monitoramento da comunidade com o uso de tecnologia, o que n?o s¨® reduz a necessidade de desloca??o de t¨¦cnicos externos e diminui a pegada de carbono, mas tamb¨¦m constr¨®i capacidade.

Respondendo aos desafios de utilizar e processar a informa??o provenientes de armadilhas fotogr¨¢ficas, o projeto regional do programa Paisagem Sustent¨¢vel da Amaz?nia (ASL) identificou a necessidade de conceber e pilotar uma ferramenta anal¨ªtica para coletar, organizar, visualizar e analisar as informa??es capturadas por armadilhas fotogr¨¢ficas dentro da sua ¨¢rea de interven??o e permitir a tomada de decis?es relacionadas com a gest?o da conserva??o. O ASL, financiado pelo Global Environment Facility (GEF) e liderado pelo Banco Mundial, visa melhorar a gest?o integrada da paisagem e a conserva??o dos ecossistemas em ¨¢reas priorit¨¢rias da Amaz¨®nia na Bol¨ªvia, Brasil, Col?mbia, Equador, Guiana, Peru, e Suriname.

Para ajudar as partes interessadas a aproveitar ao m¨¢ximo esses dados, desenvolver capacidade, e trocar conhecimento, o ASL trouxe a Conservation International (CI) como uma das organiza??es l¨ªderes da (WI) - uma plataforma de nuvem e intelig¨ºncia artificial constru¨ªda pela CI, Wildlife Conservation Society (WCS), WWF, e outros parceiros para facilitar o processamento, gest?o, e an¨¢lise de dados de armadilhas fotogr¨¢ficas. O produto chave resultante, a , foi desenvolvido dentro da plataforma WI para o ASL, para recolher e facilitar o processamento, gest?o e an¨¢lise de dados das c?maras coletadas pelos seus projetos nacionais. A ferramenta proporciona aos usu¨¢rios uma maneira f¨¢cil de explorar os dados coletados atrav¨¦s de armadilhas fotogr¨¢ficas, obter informa??es essenciais sobre a biodiversidade, e executar estimativas de v¨¢rias an¨¢lises, incluindo a compara??o da presen?a de esp¨¦cies dentro e fora de uma ¨¢rea protegida.

A atividade financiada pelo ASL ajudou a fortalecer a capacidade das partes interessadas do projeto (comunidades locais, autoridades e t¨¦cnicos ambientais, e guarda-parques) para coletar e utilizar dados de armadilhas fotogr¨¢ficas, em conjunto com outros dados relevantes, e para avaliar os resultados da biodiversidade alcan?ados atrav¨¦s das suas interven??es. A atividade incluiu oficinas de treinamento virtuais e presenciais apoiadas pela WCS e WWF em quatro locais-piloto no Brasil, Col?mbia, e Peru. Foram preparados materiais para facilitar o treinamento, incluindo um guia passo-a-passo abrangente para aprender a utilizar a plataforma WI em , e , (em espanhol), bem como guias espec¨ªficos para alguns dos sites como e .

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Mapa mostrando a localiza??o dos quatro locais-piloto.

As partes interessadas dos locais-piloto viram a ferramenta como uma maneira eficiente de obter informa??es valiosas sobre a biodiversidade em cada local, respondendo a perguntas espec¨ªficas relacionadas ¨¤ biodiversidade (por exemplo, presen?a e abund?ncia de esp¨¦cies), informando planos de manejo, e incentivando atividades de conserva??o (por exemplo, planejamento de corredores). Tamb¨¦m validaram a efic¨¢cia das medidas de conserva??o implementadas nas ¨¢reas de interven??o protegidas e conservadas. Muitos sites relataram que os resultados desta atividade motivaram as partes interessadas a explorar outras atividades de conserva??o. Na fase final da atividade, o ASL organizou um para compartilhar os resultados com um p¨²blico mais amplo e mostrar esse importante esfor?o colaborativo.

No local piloto no departamento de Guaviare na Col?mbia, os resultados forneceram dados para apoiar os esfor?os cont¨ªnuos do ASL e organiza??es parceiras para promover um corredor ecol¨®gico para on?as. Confirmaram uma presen?a significativa de on?a-pintada na ¨¢rea identificada para implementar o corredor, bem como esp¨¦cies de presas diversas e abundantes. Das 57 esp¨¦cies de mam¨ªferos e 43 esp¨¦cies de aves e r¨¦pteis capturadas nas imagens, pelo menos 12 esp¨¦cies de presas de on?a-pintada foram comumente encontradas. Al¨¦m da on?a-pintada, foram detectadas outras quatro esp¨¦cies de felinos: Puma (Puma concolor), jaguarundi (Herpailurus yagouaroundi), margay (Leopardus wiedii), e jaguatirica (Leopardus pardalis). Tamb¨¦m foram detectadas v¨¢rias esp¨¦cies em risco, tais como o queixada (Tayassu pecari) e o tamandu¨¢-bandeira (Myrmecophaga tridactyla). As imagens tamb¨¦m capturaram uma esp¨¦cie que nunca tinha sido detectada na regi?o, o gris?o maior (Galictis vittate). Saiba mais nesta Wildlife Insights.

 

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O gris?o maior nunca havia sido detectado no departamento de Guaviare na Col?mbia antes deste projeto piloto.

 

Na Reserva de Desenvolvimento Sustent¨¢vel do Rio Negro do Brasil, os dados coletados durante o projeto piloto fornecem provas da presen?a e aus¨ºncia de esp¨¦cies-chave na regi?o. Quando combinados com os dados de pesquisas de ca?a, estes resultados podem ajudar a fornecer informa??es sobre o impacto da press?o humana sobre a biodiversidade e ajudar a direcionar as ¨¢reas que precisam de maior vigil?ncia para combater atividades ilegais. Estes resultados ser?o apresentados pela WCS ¨¤ administra??o da Reserva do Rio Negro para uso na avalia??o e atualiza??o do seu plano de manejo.

Um funcion¨¢rio do SERNANP (Servi?o Nacional de ?reas Naturais Protegidas pelo Estado do Peru) indicou que o processo e as informa??es geradas a partir das armadilhas fotogr¨¢ficas informar?o o protocolo de monitoramento baseado em esp¨¦cies-chave e alinhado com o plano de gest?o da ¨¢rea protegida. Esperam continuar usando a plataforma ASL, analisar os dados e vari¨¢veis, e poder medir os impactos sobre as esp¨¦cies no longo prazo.

Ap¨®s a conclus?o da atividade piloto, novos dados das ¨¢reas de interven??o do ASL juntaram-se ¨¤ plataforma. Dados da regi?o colombiana de Guain¨ªa e particularmente do site Estrella Fluvial de Inirida Ramsar foram carregados pelo Instituto SINCHI, um parceiro do ASL. A plataforma est¨¢ aberta para receber mais dados de outros parceiros ASL na Amaz¨®nia, ent?o uma nova fase futura est¨¢ sendo explorada para incorporar sites na Bol¨ªvia, Equador, Guiana e Suriname e fornecer a atividade de capacita??o. Isso acontecer¨¢ no momento em que a plataforma WI habilitar¨¢ uma vers?o de cliente desktop para que os dados possam ser inclu¨ªdos mesmo que o usu¨¢rio n?o esteja online, resolvendo assim um desafio fundamental em ¨¢reas remotas como em muitas ¨¢reas importantes para a conserva??o da Amaz¨®nia.

Esta atividade de conhecimento exp?s op??es inovadoras para avaliar e verificar os resultados da biodiversidade, enfatizando o envolvimento e a participa??o das comunidades locais, conforme descrito no final. Essas op??es tamb¨¦m servir?o o prop¨®sito maior de monitorar o novo conjunto de metas relacionadas com ¨¤ biodiversidade a serem ratificados na pr¨®xima 15? Confer¨ºncia das Partes (COP15) da das Na??es Unidas , em dezembro de 2022. Atrav¨¦s desta e de outras atividades, o ASL continua entregando e promovendo as melhores pr¨¢ticas e solu??es inovadoras que permitem o engajamento local em medidas de conserva??o para a Amaz¨®nia.

Saiba mais sobre o ASL atrav¨¦s do nosso site e .  

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