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REPORTAGEM 17 de setembro de 2018

Comunidades de pescadores de Mo?ambique e Tanz?nia ajudam a aumentar os estoques de peixes

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Mahen Bujun/World ¶¹ÄÌÊÓƵAPP


DESTAQUES DO ARTIGO

  • Atrav¨¦s de v¨¢rias iniciativas, o Projecto SWIOFish apoiado pelo Banco Mundial, est¨¢ ajudando as comunidades de pescadores da Tanz?nia e de Mo?ambique a aumentar suas unidades populacionais de peixes e restaurar os meios de subsist¨ºncia e a pesca.
  • O projeto tamb¨¦m ajudou a reduzir significativamente as pr¨¢ticas ilegais de pesca, como a pesca com explosivos na Tanz?nia.
  • Em Mo?ambique, o projecto est¨¢ ajudando e financiando associa??es de pescadores, especialmente as mulheres, a poupar os seus ganhos, contrair empr¨¦stimos e expandir seus neg¨®cios.

WASHINGTON, 17 de setembro de 2018 - Quando a mar¨¦ est¨¢ no ponto mais baixo das praias de Zanzibar, mulheres e homens trazem lan?as e sacos para a praia para ca?ar os polvos que ficam escondidos nas ¨¢guas rasas dos recifes exuberantes. Mais tarde, eles viram iguarias emborrachadas ao avesso e penduradas para secar. Recentemente, essa arte antiga aumentou a renda, j¨¢ que os turistas que visitam o arquip¨¦lago da Tanz?nia consomem essas criaturas em maior quantidade.

Este ano, as comunidades pesqueiras de polvos fecharam suas pescarias por tr¨ºs meses numa  tentativa de salvar os estoques cada vez menores. Na vila de Ndooni, os pescadores ficaram encantados ao capturar 361 kg de polvo no primeiro dia em que reabriram em abril, em compara??o a 10-20 quilos em um dia m¨¦dio antes do encerramento. Pr¨¢ticas semelhantes foram implementadas com sucesso na ilha de Rodrigues (parte das Maur¨ªcias) e no Arquip¨¦lago das Quirimbas em Mo?ambique.

"H¨¢ uma verdadeira alegria quando as comunidades pesqueiras veem a diferen?a na captura ap¨®s o encerramento", disse Daniel Mira-Salama, Especialista em Meio Ambiente do Banco Mundial. ¡°Compreender o ciclo biol¨®gico das esp¨¦cies e adequar o esfor?o da pesca s?o conceitos fundamentais que a comunidade precisa para assumir a lideran?a na gest?o sustent¨¢vel de seus ativos naturais mais importantes.¡±

A captura do polvo global atingiu o pico em , caindo 10% na d¨¦cada desde ent?o. Tend¨ºncias similares de queda podem ser encontradas na Tanz?nia, Comores, Seychelles, Qu¨ºnia e Mo?ambique.

Com o apoio do Banco Mundial, o Programa de Governan?a e Crescimento Compartilhado do Sudoeste do Oceano ?ndico (SWIOFish), de US $ 220 milh?es, foi lan?ado em 2015, com o objetivo de aumentar os benef¨ªcios econ?micos, sociais e ambientais das comunidades costeiras. Com o apoio das comunidades costeiras, o projeto ajudou a desenvolver campanhas de conscientiza??o, treinamento em seguran?a mar¨ªtima, pesquisa cient¨ªfica, sistemas de informa??o pesqueira e melhores institui??es.

Na Tanz?nia, a SWIOFish tamb¨¦m apoiou a compra e instala??o de um sistema de monitoramento de embarca??es pela Autoridade de Pesca no Mar Profundo, para melhor detectar casos de pesca n?o declarada, n?o regulamentada e ilegal, como a pesca de jateamento.

A pesca com explosivos ¨¦ a pr¨¢tica ilegal de usar explosivos para atordoar ou matar cardumes de peixes. Em 2015, aumentou dramaticamente na Tanz?nia continental. O boom da constru??o e minera??o permitiu o acesso barato ¨¤ dinamite e os pescadores fizeram garrafas com querosene e fertilizante. Mais da metade dos recifes do mundo tamb¨¦m est?o amea?ados por essas pr¨¢ticas de pesca destrutivas, de acordo com a . ?reas inteiras de recifes e ecossistemas foram destru¨ªdas pela pesca de arrasto, que ¨¦ usada para garantir uma captura r¨¢pida de peixes, enquanto mata centenas de cada vez.

Atrav¨¦s do SWIOFish, o flagelo da pesca de alto risco foi drasticamente reduzido atrav¨¦s da educa??o liderada pela comunidade, campanhas de conscientiza??o p¨²blica e fiscaliza??o.

 ¡°As incid¨ºncias de pesca com explosivos foram reduzidas em mais de 90% nas ¨¢guas pr¨®ximas ¨¤ costa da Tanz?nia desde o in¨ªcio de 2018, seguindo uma a??o conjunta das autoridades relevantes nos ¨²ltimos 18 a 24 meses¡±, disse Emmanuel Bulayi, Diretor do Departamento de Desenvolvimento de Pesca no Minist¨¦rio da Pecu¨¢ria e Pesca na Tanz?nia.

O litoral de 2.700 quil?metros de Mo?ambique ¨¦ o terceiro mais longo da ?frica continental. Rica em vida marinha, a pesca ¨¦ considerada uma fonte sustent¨¢vel de financiamento para comunidades de pescadores rurais. Por outro lado, Mo?ambique tem um potencial enorme para a piscicultura baseada em terra (aquacultura), particularmente para a til¨¢pia, o que aumentaria significativamente a produ??o global de pesca, o acesso das comunidades locais a prote¨ªnas e oportunidades de receita.

Com o apoio da SWIOFish, o Fisheries for Climate Resilience (FishCC), um projecto-piloto implementado em conjunto com a , refor?a os direitos dos pescadores ¨¤s suas ¨¢reas de pesca. Isso inclui o fechamento de ¨¢reas-chave de reprodu??o, muito parecido com o exemplo do polvo na Tanz?nia.

Localizadas na Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro, no extremo sul da Baia de Maputo, as , t¨ºm observado tend¨ºncias preocupantes de capturas decrescentes e peixes menores. A FishCC ajudou a criar dois Conselhos da Comunidade de Pesca e atualmente est¨¢ apoiando a prepara??o de seus planos de gest?o da pesca. O projecto tamb¨¦m fornecer¨¢ financiamento a associa??es de pescadores para instalar uma m¨¢quina de produ??o de gelo para melhorar o armazenamento, ao mesmo tempo em que introduzir¨¢ a piscicultura em car¨¢ter piloto. O SWIOFish Mo?ambique tamb¨¦m est¨¢ apoiando investimentos em infraestrutura estrat¨¦gica.

Para ajudar os pescadores a adquirir as habilidades necess¨¢rias para desenvolver seus neg¨®cios, o programa SWIOfish em Mo?ambique ajudou a melhorar as habilidades financeiras da comunidade, estabelecendo e gerenciando grupos locais de poupan?a e cr¨¦dito. Um primeiro passo para unir os pescadores, particularmente as mulheres, aos mercados e cadeias de valor. Esses grupos economizam parte de seus ganhos e recorrem a outros membros da comunidade para aumentar seus neg¨®cios nascentes.

¡°Ajudar as mulheres a desenvolver sua capacidade e conhecimento no neg¨®cio da pesca, desde o trabalho como colhedoras e processadores at¨¦ os respons¨¢veis pelo estabelecimento de pre?os, empres¨¢rios e empreendedores, ¨¦ uma de nossas prioridades¡±, disse Andr¨¦ Aquino, Especialista S¨ºnior em Gest?o de Recursos Naturais do Banco Mundial. ¡°Esses grupos de poupan?a e cr¨¦dito est?o melhorando os meios de subsist¨ºncia das mulheres e fam¨ªlias.¡±



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